Perguntas Frequentes

Informações Básicas

• Onde posso saber mais sobre o UCLA SETI?
  Pode informar-se sobre a nossa busca navegando no site do UCLA SETI, lendo as edições anteriores ou assinando o nosso boletim ou fazendo perguntas na secção "Debater". Também estamos no Facebook, Instagram e no Twitter.

• De onde vem o financiamento?
  O financiamento dos nossos programas de pesquisa e ensino vem principalmente de doadores generosos. Também garantimos uma bolsa de três anos do Programa de Investigação de Exoplanetas (Exoplanet Research Program) da NASA, que financia principalmente um estudante de pós-graduação, mas não financia o tempo ou o equipamento do telescópio. O financiamento desta colaboração vem de uma concessão STEP de dois anos da The Planetary Society e uma concessão de um ano do Plano de Financiamento Seminal da Ciência Cidadã (Citizen Science Seed Funding Program) da NASA.

• Como posso apoiar a busca?
  Pode apoiar a busca classificando sinais nesta plataforma e promovendo arewealone.earth nas suas redes sociais e profissionais. Se lhe for possível ajudar financeiramente, pode fazer uma doação num site de doação seguro. A sua contribuição irá permitir a compra de equipamentos e tempo de telescópio para coligir dados, melhorar o treino da próxima geração de cientistas e engenheiros e ajudar a trazer a emoção do SETI para a sala de aula e para o público em geral!

• O que se entende por ciência cidadã?
  Neste documento e noutras comunicações, temos usado os termos "ciência cidadã" e "cientista cidadão". O nosso emprego do termo cidadão é inspirado pela frase da American Astronomical Society ("Todo o astrónomo é um cidadão da comunidade científica") e no facto de que todos os nossos colaboradores são cidadãos da Terra, conforme refletido em http://arewealone.earth.

• De onde vêm os dados?
  Todos os dados enviados para a plataforma foram adquiridos pelo UCLA SETI como parte de uma busca de sinais de rádio de banda estreita com o maior telescópio totalmente orientável da Terra, o Green Bank Telescope de 100 m, na Virgínia Ocidental. Quase todos os sinais candidatos (>99,5%) são automaticamente classificados pelo nosso pipeline de processamento de dados como interferência de radiofrequência (RFI) de origem antropogénica. Esta plataforma acolhe alguns (<0,5%) dos restantes e mais interessantes sinais candidatos.

• O que são sinais de banda estreita?
  Um sinal de banda estreita é um sinal cuja energia está concentrada numa estreita faixa de frequências.

• Porque são particularmente interessantes os sinais de banda estreita?
  Um sinal extraterrestre de banda estreita forneceria uma evidência inequívoca da existência de outra civilização. Esse grau de certeza é incomum em buscas de bioassinaturas ou tecnoassinaturas, que geralmente são dificultadas pelo problema dos falsos positivos. Os sinais de banda estreita são atraentes porque os processos naturais apenas produzem sinais de banda larga.

• Quantos sinais foram carregados na plataforma?
  O conjunto de dados inicial consiste de 20.000 sinais. Planeamos aumentar esse número para 100.000. Os dados serão libertados em lotes e o primeiro lote contém aproximadamente 7.500 sinais.

• Serão adicionados novos dados à plataforma?
  Sim, a nossa busca continua e pretendemos carregar novos dados na plataforma assim que os dados iniciais forem classificados.

• Quanto espaço de busca foi coberto?
  Desde 2016 observámos mais de 55.000 estrelas e detectámos mais de 82 milhões de sinais candidatos. Todos os sinais que analisámos até agora parecem ser devidos a RFI.

• Quantas estrelas terão que ser observadas para garantir a detecção?
  Ninguém sabe. É possível que um sinal esteja presente nos dados existentes correntemente ou que seja registado nas próximas sessões de observação. Também é possível que um sinal não seja detectado durante a nossa vida. Na opinião de Frank Drake (1930–2022), pioneiro do SETI, poderá ser necessário observar 10 milhões de estrelas para permitir uma detecção bem-sucedida. Com financiamento adequado, poderíamos acelerar a nossa busca e observar um milhão de estrelas nos próximos 5 anos.

• Que publicações científicas são mais relevantes para este projeto?
  Uma descrição da importância das assinaturas tecnológicas de rádio e uma perspectiva para a próxima década está disponível num documento técnico de 2019. Uma descrição dos nossos métodos iniciais e resultados de busca de sistemas planetários no campo [da sonda espacial] Kepler está disponível no nosso artigo de 2018. Uma descrição das melhorias dos nossos métodos e resultados da busca em torno do sistema TRAPPIST-1 e outros está disponível no nosso artigo de 2019. Uma descrição dos nossos métodos actuais e resultados da busca em torno de estrelas semelhantes ao Sol próximas do plano da Galáxia está disponível no nosso artigo de 2021.
  O nosso artigo de 2023 inclui resultados em torno de objectos de interesse TESS e muitos outras boas informações. Uma descrição de uma aplicação de aprendizagem máquina que melhora o nosso estimador de direcção de origem está disponível no nosso artigo de 2022.

Usando a plataforma

• Como posso aceder às imagens de mais alta resolução das classes disponíveis?
  Pode examinar imagens de mais alta resolução clicando em "PRECISA DE AJUDA COM ESTA TAREFA?" ou clicando na aba "Tarefa de classificação" no Guia de Campo.

• Como posso aceder e navegar no Guia de Campo?
  O Guia de Campo pode ser acedido clicando nas palavras "Guia de Campo" no lado direito da janela do navegador. Pode clicar em abas individuais no guia de campo e regressar ao menu principal clicando no símbolo "<" no canto superior esquerdo. Quando terminar de ler o guia de campo, pode recolhê-lo clicando no símbolo "x" no canto superior direito.

• A tarefa é sobre a classificação de imagens. Pode mostrar-me um exemplo de cada classe?
  Sim, pode ver um exemplo de cada classe clicando na aba "Tarefa de classificação" no Guia de Campo.

• Ao contribuir com o projeto, estou a identificar sinais de interesse ou a classificar interferência de radiofrequência (RFI)?
  Está a fazer as duas coisas simultaneamente. Carregámos os 0,5% de sinais mais promissores para a plataforma Zooniverse e as suas classificações estão a ajudar a identificar de entre eles os sinais mais promissores. Todos os sinais de banda estreita com linha única e todos os sinais classificados como "outra" serão inspecionados pela equipa científica. Se o sinal sobreviver a testes offline adicionais, seguiremos um protocolo de confirmação específico (veja abaixo). Entretanto, todas as suas classificações são usadas para gerar um conjunto rotulado de treino para uma aplicação de aprendizagem máquina que estamos a desenvolver. Este aplicação irá melhorar a robustez, precisão e velocidade de futuras pesquisas do SETI e será disponibilizada à comunidade de radioastronomia como software de código aberto.

• Como são classificados os sinais de interesse?
  Todos os sinais de banda estreita detectados pelo nosso pipeline de processamento de dados são considerados candidatos de "Nível 1". A maioria (99,5%) desses sinais são automaticamente classificados como RFI. Os restantes (0,5%) são considerados candidatos de "Nível 2". Os sinais que carregamos para a plataforma Zooniverse são de "Nível 2". Todos os sinais de banda estreita com linha única e todos os sinais classificados como "outra" por esta colaboração serão considerados sinais de "Nível 3" e exigirão um exame offline adicional pela equipa científica. Os sinais que sobreviverem à análise offline inicial da equipa científica serão considerados de "Nível 4" e exigirão confirmação por meio de observações adicionais e revisão por pares. Um sinal confirmado com observações adicionais e revisão por pares será considerado de "Nível 5" e pode constituir a primeira tecnoassinatura genuína já detectada e a primeira detecção de tecnologia extraterrestre.

• O que está envolvido na análise da equipa científica de detecções promissoras (Nível 3)?
  Iremos verificar se o sinal vem de uma única direção no céu, o que só pode ser feito examinando os espectros dinâmicos de outras varreduras em frequências semelhantes, uma tarefa que não pode ser facilmente implementada na plataforma Zooniverse. Essa análise é designada por filtro de direção de origem, e temos implementações clássicas e de aprendizagem máquina à nossa disposição. Se o sinal for detectado em mais de uma direção no céu, será rotulado como RFI e permanecerá no Nível 3. Se o sinal parecer vir de uma única direção no céu será examinado posteriormente. Por exemplo, compararemos a frequência e a taxa de mudança de frequência com fontes conhecidas de RFI. Os sinais que não podem ser atribuídos a uma fonte conhecida de RFI serão considerados de Nível 4.

• Como serão tratadas as detecções promissoras (Nível 4)?
  Qualquer sinal que não possa ser descartado como RFI com base na análise inicial da equipa científica será tratado de acordo com um protocolo pós-detecção amplamente aceite, que inclui princípios para confirmar o sinal. Especificamente, reprocessaremos os dados com software independente, reobservaremos com o Green Bank Telescope, reobservaremos com diferentes telescópios e enviaremos os resultados para avaliação por pares. Informaremos a colaboração sobre os resultados desses esforços.

• E se eu fizer um erro?
  Por favor, participe e não se preocupe com poder fazer um erro. Temos vários mecanismos para validar as classificações. Primeiro, vários voluntários do Zooniverse completam cada classificação e agregamos as respostas. Em segundo lugar, a equipa científica revê as classificações de assuntos em que as respostas exibem uma variabilidade incomum. Por fim, a nossa aplicação de aprendizagem máquina será treinada com milhares de imagens e será capaz de lidar com erros de classificação ocasionais.

• Porque é que a maioria dos sinais parece vertical? A frequência não muda em função do tempo?
  A aceleração da linha de observação entre o transmissor e o receptor (por exemplo, a rotação e revolução da Terra em torno do Sol, o movimento da plataforma transmissora) causa uma mudança na frequência Doppler do sinal que é visível no espectro dinâmico, ou seja, os sinais exibem uma inclinação finita no espaço tempo-frequência. Ao longo dos 150 segundos de duração das nossas varreduras GBT, esses desvios são bem aproximados por linhas retas. O nosso pipeline de processamento de dados usa algoritmos computacionalmente eficientes para identificar a taxa de desvio associada a cada sinal candidato (para obter detalhes, consulte nosso artigo recente). Nas nossas imagens foi removido o desvio global de frequência para que possa concentrar-se na estrutura tempo-frequência do sinal, sem ser distraído pela sua inclinação.

• Que metadados estão disponíveis?
  Fornecemos os metadados associados ao sinal localizado no centro de cada imagem. Os tipos de dados e as descrições dos campos são os seguintes:

  Campo	Tipo	Descrição
  NOME DO FICHEIRO	texto	o nome do ficheiro armazenado nos servidores UCLA SETI
  CONJUNTO DE DADOS	texto	o nome do conjunto de dados tal como armazenado nos servidores UCLA SETI
  ID	inteiro	um identificador numérico para o sinal
  NOME	texto	o nome da fonte conforme armazenado nos servidores UCLA SETI (tipicamente, inclui um identificador de um catálogo astronómico combinado com o nome de um estudante ou dador)
  VARREDURA	inteiro	o número do índice da varredura da fonte neste conjunto de dados
  MJD	flutuante	a Data Juliana Modificada no início da verificação
  FREQ	flutuante	a frequência (Hz) no início da varredura para (X,Y)=(251,1) (contando a partir de 1)
  DFDT	flutuante	a taxa de mudança na frequência ou taxa de deriva (Hz/s)
  SNR	flutuante	a potência do sinal integrada ao longo da duração da varredura (desvios padrão do ruído)
  PROM	flutuante	uma estimativa da proeminência do sinal acima do nível de ruído (desvios padrão do ruído)
  BW	flutuante	uma estimativa da largura de banda (FWHM) do sinal (Hz)
  PARCEIRO	inteiro	o ID do sinal numa varredura subsequente desta fonte, se conhecido

• Como posso aceder aos metadados associados a um sinal?
  Depois de concluir a tarefa de classificação, pressione o botão "DEBATER" e clique no ícone de informações.

• O que significam os códigos RFI?
  Nomeámos 20 classes de interferidores genéricos com códigos de três letras. As letras "H" e "V" na primeira posição significam horizontal e vertical, respectivamente. As letras "R", "I" e "S" na segunda posição representam regular, irregular e simples, respectivamente. Outras letras distinguem as várias classes. O mapeamento entre esses códigos e os vários tipos de interferidor será refinado à medida que o projeto avança.

• Que fontes de interferência de radiofrequência estão presentes nos dados?
  Prevemos que uma grande fracção dos sinais tenham origem em sistemas de posicionamento global. Também antecipamos sinais de radares de vigilância de rotas aéreas e outras fontes. As classificações obtidas nesta plataforma, juntamente com os metadados, ajudarão a elucidar o mapeamento entre classes de RFI e interferidores específicos. Utilizadores avançados que queiram esclarecer as várias fontes de RFI podem encontrar informações úteis nos Regulamentos Rádio da União Internacional de Telecomunicações.